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Acesso à comunidade

Se os museus, arquivos e bibliotecas são lugares de visita de público e utilizadores (mais ou menos assíduos e permanentes), as comunidades onde estes se inserem são na sua essência um “organismo vivo” que pode crescer, e dinamizar-se nos aspetos patrimoniais, históricos culturais e sociais de cada território. Promover um maior e melhor acesso de uma comunidade aos serviços dos museus, arquivos e bibliotecas, mesmo que numa era digital, é fundamental e de todo pertinente em novos formatos, em projetos comuns e desafiadores, em iniciativas inovadoras e colaborativas. Colocar a acessibilidade, física, social e intelectual no centro da discussão e das” práticas diárias” destas instituições é fundamental para se avançar num planeamento estratégico de intervenção comunitária Esta Estratégia Poderá Potenciar: – Um melhoramento na preparação técnica dos profissionais em questões de “acessibilidade for all” de forma a promover a mudança no terreno; – Dinamizar iniciativas de participação comunitária com “raiz” na missão dos museus, arquivos e bibliotecas; – Promover o diálogo e a reflexão sobre as questões de acessibilidade; – Potenciar o desenvolvimento local com iniciativas de debates, fóruns de discussão realização de projetos inovadores; – Organizar formações nas áreas ligadas à acessibilidade; – Desenvolver trabalho comunitário, coletivo e colaborativo, fundamentado nas necessidades dos públicos e utilizadores.

 

Redes como estratégias de futuro

A constituição e formalização de redes concelhias, regionais, entre serviços da mesma natureza (arquivos, bibliotecas e museus) ou mesmo interinstitucionais, são um incentivo para o trabalho colaborativo. Arquivos, Bibliotecas e Museus, em cooperação, poderão fomentar a partilha e acesso aos recursos documentais e de informação existentes; o estabelecimento de serviços partilhados à comunidade, assim como, a valorização do potencial regional na áreas das actividades culturais, da leitura, do acesso à informação, das colecções em geral e dos fundos locais em particular, a preservação da memória local e da produção artística e literária das várias gerações, o fomento das literacias, contribuindo para comunidades mais informadas que participarão na vida local com uma ética cidadã. Esta estratégia poderá potenciar: O acesso aos recursos arquivísticos, bibliográficos e informacionais; O trabalho cooperativo para rentabilizar os investimentos individuais de cada serviço: gestão de fundos, colecções e actividades; A diversidade e a qualidade dos serviços oferecidos às comunidades; O papel dos arquivos, das bibliotecas e dos museus para benefício e promoção do concelho e da região; A preservação de uma identidade regional que favoreça a criação de projectos comuns que visam o desenvolvimento das comunidades; A promoção e dignificação dos profissionais da informação, conhecimento e cultura.

 

Educar Comunidades

Vivemos num mundo em contante mudança e transformação. Enquanto profissionais da informação e formação cabe-nos estar a par dos novos desafios e necessidades desta sociedade que se reinventa a cada dia e que nos “obriga” a ser mais que meros reprodutores de informação. Todos os intervenientes neste processo devem estar conscientes e predispostos à mudança, a colaborar, a comunicar, a cooperar e terem uma atitude de encarar novos desafios. Enquanto educadores e gestores cabe-nos fazer a diferença e possuir mais competências que aquelas que o nosso público espera de nós. Neste sentido, pretende-se reflectir sobre os novos desafios e competências educativos não só dos espaços culturais, mas também dos profissionais dos arquivos, bibliotecas e museus.

 

Imagem e Influência

Face a um ambiente geral e organizacional onde predomina o pensamento economicista em detrimento do cultural, urge reforçar nas organizações culturais o trabalho de advocacy público e organizacional.

Este trabalho de advocacy envolve uma profissionalização do mesmo, passando de uma atitude a uma estratégia intrínseca ao funcionamento dos serviços de arquivo, bibliotecas e museus. Nessa estratégia tem que estar sempre presente a demonstração do valor social, económico e político desses serviços e a defesa da profissão (arquivistas, bibliotecários e museólogos) como um factor estratégico que é obrigatório estar presente na concertação interdisciplinar de qualquer projecto de intervenção na comunidade.

Só através desta nova forma de integrar profissionalmente a estratégia de advocacy no dia a dia dessas instituições, será possível construir, manter, reforçar e actualizar a imagem pública dos serviços de museus, arquivos, bibliotecas e museus, através de acções que tenham impacto e façam a diferença no dia a dia dos cidadãos de cada comunidade. Só através do trabalho directo dos seus profissionais nas várias acções em curso em cada comunidade é possível destacar o valor do seu contributo profissional e marcar a sua imprescindibilidade incontornável nas dinâmicas sociais, económicas e politicas da comunidade.