I Jornada – Gestão de Informação: interacção entre arquivistas e informáticos

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Evento organizado pelo Grupo de Trabalho de Arquivos Municipais (GTAM) da Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas (BAD), em colaboração da Câmara Municipal de Torres Novas (CMTN), na Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes, em Torres Novas.

É objetivo central desta Jornada promover um debate entre arquivistas e informáticos, parceiros na gestão da informação nos dias que correm, procurando perceber se se perspetivam como parceiros ou como opositores e que imagem fazem uns dos outros.

Nesta Jornada, durante a manhã, foram apresentados casos práticos da interacção entre arquivistas e informáticos nos projectos relativos à implementação de sistemas electrónicos de gestão de arquivo (SEGA), bem como outros temas intrinsecamente relacionados. Foram partilhadas as dificuldades sentidas na interacção entre ambos os profissionais, bem como os factores críticos de sucesso decorrentes da experiência acumulada pelas diversas entidades envolvidas. Independentemente do universo se reportar a municípios ou entidades do sector empresarial do Estado, as questões essenciais acabam por ser transversais a todas as instituições. A maior parte das intervenções mencionaram a importância do apoio da gestão do topo, a dificuldade inicial sentida na comunicação entre “arquivistas” e “informáticos”, bem como a mais-valia da multidisciplinaridade das equipas.

No período da tarde assistiu-se a um entusiástico debate subordinado ao tema “O gestor da informação – que perfil?”, moderado por Carlos Guardado da Silva. Neste debate foram abordadas questões relacionadas com as competências, formação profissional, formação superior, perfil do profissional, papel da BAD enquanto associação destes profissionais, bem como a designação mais adequada para estes profissionais e para a própria associação. As intervenções colocaram o enfoque na capacidade e necessidade de criar pontes na comunicação entre “arquivistas” e “informáticos”, sem abandonar a terminologia específica de ambas as áreas do conhecimento. No entanto, sublinhou-se que deverá ser levado a cabo um esforço de adaptar a linguagem ao interlocutor, bem como cultivar o respeito pela área de intervenção de cada um dos profissionais. Outra ideia de força foi a importância dos profissionais se manterem actualizados, fazerem reciclagem e adoptarem uma postura mais pró-activa nas suas organizações.

No final da Jornada, num ponto todos são unânimes: os “arquivistas” os “informáticos” são – e devem ser – inevitavelmente parceiros nas organizações onde se encontram, com vista à gestão da informação de forma estruturada, e à resposta, em tempo útil, às necessidades dos clientes internos, bem como da comunidade onde se inserem. Como referiu Helena Neves, arquivista da Câmara Municipal de Lisboa e coordenadora do GTAM da BAD, na sessão de encerramento: “Estamos condenados a entender-nos e temos de lidar com isso!”. Também a Vereadora da Cultura da CMTN, Elvira Sequeira, colocou o enfoque no trabalho em equipa ao declarar: “Não trabalhamos sozinhos, funcionamos todos em rede!”.