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DGLB - Biblioteca Municipal de Beja
Decorreu dia 11 de Abril na Universidade de Évora a prova pública de Mestrado de Ana Filipa Guerreiro, sob o tema Cooperação Inter-Bibliotecária. Estudo nas Bibliotecas Públicas do Baixo Alentejo.

Na base do estudo esteve uma revisão da literatura sobre a temática em questão e a análise de 8 entrevistas realizadas aos bibliotecários da região estudada.

A investigação colocou em evidência as inúmeras oportunidades do trabalho cooperativo ao nível interno e no âmbito dos serviços prestados aos utilizadores. Sendo que a cooperação emergiu como a forma mais eficiente de estas unidades documentais responderem aos desafios colocados pela evolução da sociedade, nomeadamente, no campo das tecnologias da informação e aos, cada vez maiores, constrangimentos financeiros.

Os dados obtidos indicaram a quase inexistência de práticas cooperativas entre as bibliotecas analisadas, situação que, de acordo com a revisão da literatura, é transversal à maioria das bibliotecas públicas portuguesas.

As causas desta falta de cooperação, devem-se, sobretudo, a questões institucionais e politicas associadas ao funcionamento das autarquias, nomeadamente à falta de entendimento entre as mesmas, resultado de questões políticas e partidárias. Ao insuficiente incentivo dado pela DGLB na promoção da cooperação e a uma atitude pouco actuante por parte dos Bibliotecários.

O estudo indica que a alteração deste panorama cabe, sobretudo, a estes profissionais. São os bibliotecários o verdadeiro motor de arranque do processo cooperativo através da alteração do seu comportamento e da adopção de um conjunto concertado de medidas, das quais se destacam:

• Reuniões regulares entre os bibliotecários (presenciais ou on-line);

• Presença das bibliotecas na WEB 2.0;

• Produção de documentos normativos e regras de actuação conjuntas;

• Produção de ferramentas de trabalho e documentação técnica;

• Planos de formação conjuntos e articulados;

• Politicas de gestão de colecções e tratamento documental;

• Produção de instrumentos de avaliação.

Este é apenas um ponto de partida para a discussão de um tema que já não é novo entre os profissionais de Leitura Pública mas do qual tardam em aparecer os frutos que muito poderiam beneficiar as bibliotecas e os seus utilizadores.

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