Foto LuisaAlvimCom que frequência tem participado nos Congressos BAD?
Tenho participado sempre desde que comecei a trabalhar em bibliotecas. Foi no 4º Congresso em Braga, há 23 anos. A partir dessa altura participei continuamente, exceto no 8º Congresso no Estoril – motivos profissionais de última hora não me permitiram estar presente fisicamente, mas estive presente com dois posters.

Como descreveria as suas experiências de participação nesses Congressos?
APRENDIZAGEM. A minha presença nos congressos tem sido sobretudo para escutar e aprender com outros colegas que detêm conhecimento e outras experiências.
SOCIAL. Os congressos são para mim locais de encontro e uma grande oportunidade de criar contactos, de troca de opiniões em contexto formal e informal, conhecer outros profissionais de origem diversa e com formação diferente. Também é um local onde revejo colegas para sonhar novos rumos para o mundo da informação. Conhecer outros profissionais dá origem a sinergias que reforça a minha voz nos diferentes trabalhos que desempenho e introduzem inovação no desenvolvimento de práticas profissionais e na criação de redes de conhecimento.
CRIAÇÃO DE COMUNIDADE. Para mim é a experiência mais valiosa que a Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas tem proporcionado à comunidade profissional com a organização dos congressos nacionais, juntamente com a resposta participativa de centenas de profissionais que se reúnem e partilham o saber.

Costuma apresentar comunicações? Porquê?
Ao longo dos tempos fui ganhando vontade de participar nos congressos através de apresentação de comunicações, primeiro com relatos de projetos em que estava envolvida nas instituições onde trabalhava e mais tarde com apresentação de trabalhos de investigação. Estas apresentações são importantes para o mérito científico do trabalho e é muito importante fazê-lo junto dos pares. É imperativo que o conhecimento na Ciência da Informação avance e a apresentação de estudos de casos, artigos de revisão da literatura e outros tipos de investigação sejam disseminados na comunidade científica e profissional e tenham a possibilidade de serem discutidos e avaliados publicamente, assim como publicados.

Em seu entender, que benefícios pode ter um profissional por participar no Congresso?
Como referi numa resposta anterior, para além da partilha de experiências e conhecimentos, a participação no congresso proporciona aos profissionais da informação um papel vital no acesso à informação e no conhecimento de inovação. Os congressos dão voz à inovação que antecipa a novidade nas nossas práticas, conhecemos estratégias e políticas novas de advocacia. O saldo é sempre positivo, a nível profissional há aquisição de mais conhecimentos, de contactos, apresentação pública e avaliação dos seus trabalhos pelos pares, atualização técnica e científica. A nível pessoal, o contacto com a diversidade de profissionais, amigos de longa data, colegas da mesma geração, e outros que se conhece de novo em cada congresso, são gratificantes e aumentam a coesão social na comunidade de bibliotecários, de arquivistas e de documentalistas.

Lembra-se de alguma história ou episódio relevante da sua participação nesses congressos?
O encontro dos bloguistas BAD, no 9º Congresso nos Açores! Estávamos no início da Web 2.0, a blogosfera estava na moda, não utilizávamos ainda as redes sociais. Organizamos uma mesa de debate no congresso onde as palavras de ordem foram partilhar e colaborar. Foi sem dúvida um ponto de viragem para mudança de comportamentos e de mentalidades para mais colaboração e participação na disseminação da informação na Web 2.0 junto dos profissionais BAD.

Luísa Alvim
Licenciada em Filosofia (1985), Pós-graduada em Ciências Documentais (1992) e Mestre em Ciência da Informação (2011). Brevemente defenderá provas para a obtenção do grau de doutoramento em Ciências da Informação, com a investigação intitulada A Missão Social da Biblioteca Pública: o caso das bibliotecas públicas portuguesas no Facebook, na Universidade de Évora. Investigadora do Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades da Universidade de Évora. Técnica superior (área de Biblioteca e Documentação) no Arquivo Municipal Alberto Sampaio (Município de V.N. Famalicão). Vogal de formação no Conselho Diretivo Regional Norte da Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas, no triénio 2007-2010, secretária 2010-2013 e vogal do Conselho Fiscal 2014-2016.

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