fachada Galveias

As BLX (Bibliotecas Municipais de Lisboa) vão passar a integrar a RNBP, através de um Protocolo entre
a DGLAB e o Município da capital, que será assinado no próximo dia 10 de Junho, pelas 18h, na reinauguração da agora totalmente renovada Biblioteca do Campo Pequeno.

 

MJM

Nessa oportunidade, a Câmara Municipal de Lisboa decidiu fazer uma homenagem à nossa colega Bibliotecária Maria José Moura, fundadora da BAD e sua Associada Honorária. Julgamos que assim se pretende reconhecer mais uma vez a fundamental importância do seu empenhamento profissional, inteira dedicação e reconhecida persistência na criação e direcção, desde 1987, do inovador Programa de Apoio às Bibliotecas Municipais, para que no ano anterior fora nomeada, na sua qualidade de Presidente da nossa Associação.

No que começara por ser sobretudo um plano de construção de infraestruturas físicas nesse sector, completamente inexistentes num País ainda há pouco saído de uma longa ditadura que censurava a liberdade de expressão e, mais genericamente, todo o desenvolvimento cultural, nele foram seguidas entretanto as indicações básicas já então preconizadas internacionalmente pela UNESCO. Perante as exigências sociais e tecnológicas registou-se uma lenta, complexa e difícil evolução – atendendo aos constrangimentos financeiros que contrastavam naturalmente com a procura e manifesto desejo das muitas Autarquias pretendendo integrar o Programa – que assim evoluiu para o que passou a designar-se como Rede Nacional de Bibliotecas Públicas (RNBP).

Esse conceito alargado, que necessita urgentemente de ser objecto de novos desenvolvimentos e da renovação que, embora sem os meios indispensáveis, já aquela nossa colega pretendia concretizar, compatibilizando-os com as necessidades da sociedade em que nos inserimos, passou então a poder abranger bibliotecas com diferentes tutelas e de todas as dimensões, incluindo as maiores deste País até aos pequenos pólos, itinerantes ou outras unidades de extensão bibliotecária, desde que cumpram minimamente os já referidos princípios da UNESCO.

Por isso agora se considera muito estimulante e prometedor o exemplo de Lisboa, esperando que outras correspondam ao repto que lhes é lançado, com o objectivo de facilitar a cooperação entre todas e a desejável consolidação do sistema.

Recorda-se que obrigada a deixar o activo, Maria José Moura continuou empenhada profissionalmente, nomeadamente na vida da BAD onde, nos últimos 6 anos, se ocupou da organização dos Congressos Nacionais, tendo também acompanhado as actividades dos Grupos de Trabalho e as relações internacionais, área de cooperação que sempre foi uma das suas preocupações, como por certo lembram os colegas mais antigos que conseguiram beneficiar desses proveitosos contactos. Esperemos pois poder estar juntos no dia 10!

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