Capturar

A decisão de cedência de património cultural público a privados, traduzida na cedência de peças à guarda de um museu nacional a um grupo hoteleiro ou de parte de um mosteiro a outro, bem como a oposição à nomeação como Diretor-Geral da DGPC de alguém que, do histórico passado e até ao presente, se tem situado sempre do “outro lado da mesa”, fazendo lamentável confusão entre “património”, “património público”, “património do Estado” e “património cultural”, e defendendo nomeadamente a finalidade hoteleira dos monumentos nacionais, levou à reativação da Plataforma pelo Património Cultural (PP-Cult), constituída por um grupo de associações com intervenção na área do património cultural, incluindo a BAD.

Entende a PP-CULT que, ao contrário, os usos meramente mercantis devem sempre constituir excepções, pelos condicionamentos de acesso universal que impõem – situação particularmente relevante quando internacionalmente se assinala este ano a dimensão partilhada pública do Património Cultural.

A PP-Cult vai também desenvolver diligências para que, no mais breve prazo, seja possível transmitir a quem de direito as suas preocupações e as nossas visões de futuro e irá pedir audiências ao Presidente da República, aos Partidos Políticos representados na Assembleia da República, ao Primeiro-Ministro, à Ministra da Cultura e ao Director-Geral do Património Cultural. Pretende igualmente difundir amplamente a Declaração, tanto junto do mundo associativo e da cidadania,
como das autarquias, dos organismos público relevantes e ainda junto dos meios de comunicação social.

Criada em 2008, a Plataforma pelo Património Cultural, agrega cerca de duas dezenas de associações de cariz técnico-científico, profissional e cidadão, todas de âmbito nacional. Na ocasião foi igualmente apresentada a declaração da PP-Cult, um manifesto intitulado “O património como valor estratégico e oportunidade nacional.”

Consulte o texto da Declaração “Património Cultural condição cidadã de futuro“.

Similar Posts